Durante o tratamento oncológico os pacientes submetidos a quimioterapia, transplante de medula óssea ou, na região de cabeça e pescoço, estão sujeitos a vários efeitos colaterais, inclusive na cavidade oral. A “Mucosite Oral” é um desses efeitos, caracterizado pela “inflamação” da mucosa da boca e clinicamente pode apresentar-se como áreas eritematosas (avermelhadas) com leve sintomatologia dolorosa ou, até a presença de úlceras extensas, bastante doloridas, que podem comprometer a ingestão de alimentos. 

A incidência e gravidade da Mucosite vai depender, no caso da quimioterapia, do tipo e da dosagem. Na radioterapia, do sítio anatômico do tratamento e também da dosagem. Seu aparecimento acontece em média de 5 a 10 dias após o inicio da quimioterapia e por volta da segunda semana de Radioterapia. Dessa forma, o recomendado é que o paciente passe em consulta com o Cirurgião Dentista, especialista em Oncologia/Estomatologia, para avaliação antes do início da quimioterapia ou da radioterapia para que, havendo necessidade, se estabeleça o tratamento preventivo dessas lesões. 

O tratamento mais eficaz contra a Mucosite é feito com Laser de Baixa Potência, associado a outros cuidados que serão instituídos para cada paciente no momento da consulta. Caso o tratamento preventivo não tenha sido feito, imediatamente ao aparecimento de sinais e sintomas, em cavidade oral, o paciente deve procurar o profissional para avaliação e início imediato do tratamento; com o propósito de prevenir complicações locais e sistêmicas que podem levar, até mesmo, a interrupção do tratamento oncológico.