Micropigmentação

A micropigmentação é um procedimento estético onde se aplica um pigmento na pele, imitando os fios e linhas do corpo, com o intuito de corrigir falhas. Pode ser usado para fins paramédicos como na correção de defeitos nas aréolas após mastectomia, cicatrizes e alterações de cor na pele. Durante o procedimento, apenas a camada subepidérmica é pigmentada, o que não compromete as camadas mais profundas e tem menor risco de infecção local, sangramento e dor. O pigmento utilizado é inerte, isto é, não causa reações alérgicas de rejeição e os materiais usados são descartáveis.

A micropigmentação diferencia-se da popular maquiagem definitiva por não ser permanente, com tempo de duração que varia de 8 a 18 meses. Por isso, é necessário realizar retoques periodicamente. A ação dos raios solares, cremes faciais e tipo de pele contribuem para o desbotamento do pigmento.

É possível realizar a micropigmentação em pacientes oncológicos devido a menor agressão à pele dessa técnica comparado à tatuagem convencional, desde que seja realizado por profissionais qualificados em ambientes de total higiene com materiais descartáveis e esterilizados. O melhor momento para a realização da micropigmentação de sobrancelhas, pálpebras e lábios é antes do início do tratamento quimioterápico, pois a imunidade ainda está preservada e ainda não houve a queda dos pelos, o que permite o profissional seguir a linhas naturais do rosto. É importante conhecer os esquemas de tratamento e evitar o procedimento durante o nadir da quimioterapia, isto é, no período em que a imunidade está mais baixa, normalmente entre 7-14 dias após a infusão das drogas. O risco maior para o paciente oncológico é a infecção local e sua disseminação pelo corpo.

Além disso, é necessário o comprometimento do paciente com cuidados pós-procedimento e acompanhamento médico. Pode ser também utilizado laser de baixa potência para estimular a cicatrização precoce.